quinta-feira, 26 de maio de 2011

Igreja Presbiteriana escocesa pretende abençoar uniões gays e ordenar pastores homossexuais

Igreja Presbiteriana escocesa pretende abençoar uniões gays e ordenar pastores homossexuais
Um pastor da Igreja Presbiteriana da Escócia diz que provavelmente renunciará depois que a denominação deu mais um passo importante para permitir a ordenação de pastores homossexuais ativos e assumidos nesta semana, com indicações de que até analisarão a possibilidade de abençoar uniões de mesmo sexo.
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“Estamos nos rendendo à sociedade… É um dia triste para a Escócia”, o Rev. Roddy MacCrae, pastor em Glenelg e Kintail, disse para o jornal Christians Together. “Eu provavelmente serei um dos que estarão deixando a Igreja da Escócia, e durante os próximos meses estarei decidindo isso”.
“Meu problema é que nosso testemunho está enfraquecido. A sociedade sabe que estamos indecisos e que não temos nenhuma voz moral”, acrescentou ele.
A Assembleia Geral, o órgão governante da denominação, instituiu uma moratória de dois anos em 2009 na ordenação de pastores que estão em relacionamentos de mesmo sexo e na discussão pública da questão.
Na segunda-feira, eles votaram 351 a 294 para “considerar mais a eliminação da moratória” e criaram uma comissão teológica que preparará um relatório sobre a questão para a reunião de 2013 da Assembleia Geral.
A comissão teológica também considerará “se os pastores deveriam ter a liberdade de consciência de abençoar parcerias civis e possível liturgia para tais ocasiões”, observa um comunicado à imprensa da Igreja da Escócia, também conhecida como Kirk.
A Assembleia Geral também votou para que pastores homossexuais ordenados antes de maio de 2009 tenham agora autorização para assumir responsabilidades pastorais.
A moratória de 2009 ocorreu depois de uma controvérsia violenta que acabou levando à decisão da Assembleia Geral de aprovar a nomeação do homossexual assumido Scott Rennie como pastor da Igreja Cruz da Rainha em Aberdeen. Rennie havia sido casado por cinco anos e tinha uma filha, mas na época de sua nomeação estava num relacionamento estável com um homem.
O Reverendíssimo David Arnott, moderador da Assembleia Geral, disse que a mudança desta semana “está analisando a possibilidade de inclusão [de homossexuais no pastorado]”, mas que “por enquanto nenhuma decisão foi feita”. Falando acerca dos que estão transtornados com a decisão, ele disse: “Estou ciente de que muitas pessoas estarão sofrendo hoje e a Igreja da Escócia tem um dever pastoral de cuidar dessas pessoas e lhes mostrar amor e compaixão”.
A mudança foi celebrada pelo Stonewall, organização homossexual de pressão política e legal, cuja filial escocesa disse que esperam que a decisão “sinalize o início da Kirk demonstrando compromisso para com a justiça, igualdade e dignidade nessa questão”.
“Embora estejamos aguardando decisões adicionais da Assembleia e detalhes sobre os próximos passos, esperamos que daqui a trinta anos essa mudança seja vista como uma tempestade em copo de água”, disse o diretor Carl Watt.
Entretanto, membros evangélicos e conservadores da Kirk estão protestando. Um relatório recente indicou que cerca de 100 mil membros e 20 por cento dos pastores e presbíteros abandonarão em protesto se a denominação permitir pastores homossexuais.
Nas deliberações, o Rev. Andrew Coghill recebeu altos aplausos quando assemelhou a mudança da Assembleia Geral a uma “granada de mão”, de acordo com o jornal Christian Post. “Estão nos pedindo para tirar o pino da granada. A igreja vai explodir em pedaços”.
No início deste mês, a Igreja Presbiteriana dos EUA formalmente aprovou a ordenação de homossexuais depois de uma batalha que durou décadas. A denominação votou para eliminar a exigência de que pastores devessem permanecer em “fidelidade no pacto do casamento entre um homem e uma mulher, ou castidade em sua vida de solteiro”.

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